quinta-feira, 24 de novembro de 2011

All hail the Angel of Death




Para muitos, as series de TV são apenas um parente menor da arte cinematográfica. É uma arte diferente, facto, mas nem por isso deve ser subvalorizada.
Até porque, apesar de haver exemplos que deixam muito a desejar à dita “arte”, há outros que saltam à vista e quase nos obrigam a sentar-nos no sofá e tomar muita atenção ao que se passa no pequeno ecrã.
E aqui há uma série que não posso deixar de referir, por ser absolutamente genial – trust me.
Dexter.
A premissa é qualquer coisa como esta: Dexter Morgan trabalha para a Polícia de Miami, Departamento de Homicídios, e parece absolutamente normal. A questão é que, vai na volta, o amigo Dex tem um hábito algo…estranho, que difere das pessoas ditas normais (nota: normal is overrated): É um serial killer, com uma bagagem emocional que pesa mais que todos os concorrentes de todas as versões mundiais do Biggest Loser juntos.
Mas calma lá, ele não é um serial killer igual aos outros. Ele mata meninos maus. Assassinos que conseguiram escapar à justiça. Ele é um justiceiro!
A base da história é esta, mas nem é o melhor da série. Nem o cenário que mergulha em Miami. O melhor de Dexter  é o elenco, e o destaque vai, naturalmente, para Michael C. Hall (Sete Palmos de Terra. Enough Said).
Este homem é gigante, e não estou a falar da sua altura. Ele é um Dexter pefeito, credível, perturbado, inocente e com uma escuridão interior de meter medo ao susto. Tem uma voz poderosa, o que até nem costuma interessar para o caso, mas interessa para aqui, porque a sua performance na série tem como complemento uma voz-off, a sua consciência, e é esta conjugação que faz com que Michael C. Hall tenha conseguido elevar Dexter a criminoso mais querido do mundo. Não seria tarefa fácil, imagino.
Depois temos Jennifer Carpenter, irmã do dito, Debra fucking Morgan – genial.
Lauren Vélez é a Tenente LaGuerta, David Zayas Detective Batista, James Remar é o papá Morgan, C.S. Lee traz-nos o brilhante Masuka, e Julie Benz é Rita Bennet.
Antes de me despedir, porque estou a meio da temporada 5 e tenho muito que andar até conseguir chegar a meio da 6ª, que está neste momento a ser transmitida lá pelas Américas, tenho que falar de John Lithgow, que chegou à série na 4ª temporada, a mais épica e genial até ao momento, na minha modesta opinião.
Ele a modos que fez a quarta temporada. Recebeu uma data de prémios importantes à pala deste papel, e não há contestação absolutamente nenhuma, aquilo é de mestre. Mas melhor do que ler sobre o assunto é ver o assunto, por isso vão lá à vossa vidinha e não digam que não vos avisei, se ficarem viciados em Dexter.

domingo, 20 de novembro de 2011

(500) Days of Super Talent



Charlie & Chaplin speaks about…(500) Days of Summer

Enquanto os velhos do Restelo suspiram pelo regresso às velhas glórias de Hollywood, a opinião, por estes lados, é que estamos muito bem servidos de talentos jovens, que não deixam nada a desejar aos dos Golden Years da indústria cinematográfica.
Provas? Os dois actores que contracenam juntos em (500) Days of Summer são dos mais completos, versáteis e completely awesome da sua geração. Ladies and Gentleman, Joseph-Gordon Levitt e Zooey Deschanel fazem de qualquer guião uma experiência de entretenimento como poucos conseguem, e ainda estão no princípio da sua jornada profissional (ou, pelo menos, é isso que quem gosta de cinema espera).
A premissa da trama não é original, e até se pode dizer que é dos temas mais “batidos” em Hollywood, mas há algo na forma como J-G Levitt nos apresenta o seu personagem, que nos faz esquecer que já vimos este tipo de filmes 500 vezes (see what I did there?), e, durante toda a duração da fita que valeu 7.9 no IMDB, somos levados por uma montanha-russa de sentimentos, que só sabe extrair quem realmente é bom naquilo que faz. E, again, ladies and gentleman, Joseph-Gordon Levitt e Zooey Deschanel.
No que diz respeito à actriz, qualquer papel que ela possa fazer nunca vai ser mau. Porque ela não sabe ser má actriz, porque lhe deve ser humanamente impossível, porque mesmo fazendo de super-bitch, nerd, geek, menina bonita apaixonada, Zooey Deschanel vai apenas fazer com que o público se apaixone por ela, over and over again.

Charlie & Chaplin says…Hellz Yeah!