terça-feira, 30 de agosto de 2011

V for Valha-me Santa Ingrácia


Charlie & Chaplin speaks about…V for Vendetta

Baseado numa BD, o filme V for Vendetta (2005) foi recebido por críticas que se dividiram quanto à sua qualidade. Certíssimo. Está entre “não é mau” e “WTF Natália, que coisa é essa que ‘tás p’raí a fazer, filha?”
Com Natalie Portman e Hugo Weaving nos principais papéis, a coisa estava mais ou menos certa à partida, uma adaptação cinematográfica de uma obra de Banda Desenhada é já meio caminho andado para o sucesso.
Um senhor escondido atrás de uma máscara, que diz muitas palavras começadas com V, tudo muuuuuito interessante. A história em si (que é uma valente seca) não é o pior, nem de longe…é apenas…indiferente. Há um Hitler e um Holocausto disfarçados de qualquer outra coisa, com nomes diferentes num mundo completamente diferente. Há um desejo de vingança, há um amor que cresce não só por razões que a própria razão desconhece, mas pela partilha dos mesmos ideais, e há a vontade de um povo inteiro se insurgir contra o poder totalitário em vigor. Há tudo isso, mas isso nem é o problema.
O problema é a Natalie Portman, que recentemente ganhou o Óscar de Melhor Actriz com o filme “The Black Swan”.
Não quero acreditar que não encontraram ninguém no Reino Unido para desempenhar o papel de Evey. Certamente não teria sido difícil, e a coisa não seria tão…penosa de se ver.
Fact: Não gosto da Natalie Portman. Não conheço a rapariga de lado nenhum, nunca me fez mal (até ver), mas não gosto dela. Por isso, esta humilde opinião é completamente parcial.
A receita secreta para um bom filme parece ser sempre, SEMPRE, ver a transformação da actriz principal de menina doce e inocente para doida psicopata com sede de vingança. E se lhe raparem o cabelo, oh my, é Óscar quase certo. Quase.
A teoria é: “Se ela deixa que lhe rapem o cabelo para entrar melhor no personagem, deve ser mesmo uma actriz magnífica”. O resto não interessa, a malta quer lá saber se o diálogo soa a falso do principio ao fim, ou se cada vez que o sotaque inglês sai muito a custo lá aparece o raio da urticária? Totally not the point.
O filme é uma seca, ponto final parágrafo. Para perder tempo, há filmes muito mais giros que não carregam sobre si a pretensão de ser qualquer outra coisa que não uma valente bosta.
Mas há quem tenha adorado o V for Vendetta, o que respeito, óbvio, mas não consigo chegar lá. Talvez volte a vê-lo num futuro próximo, e se a opinião mudar, I’ll let you know.
Até lá…
Charlie & Chaplin says…No.

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